quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sou um fingidor sem ser poeta!
As parcas palavras que aqui escrevo não alcançam a profundidade da poesia, e nada que escrevo é verdade.
Escrevo sobre tudo sem saber de nada. Escrevo sobre fatos da vida sem os ter vivido. Escrevo sobre as façanhas do amor sem nunca ter amado e sido amado.

O problema é que minha imaginação é muito fértil e a mais franzina semente cresce às nuvens num repente e sinto a dor que não doeu e saudades do que não foi.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Voltando

Eu necessito do poético, sabe? Quando “o corpo pede um pouco mais de alma”.
E sinto tanta falta de ler algo que seja mais fantasia que funções biológicas, de escrever um texto que não fale sobre um processo industrial, de usar como metáfora a árvore carregada de flores rosa vibrante que vi na rua aqui perto de casa ou o bando de passarinhos que vi fazendo a festa no fio de alta tensão de manhãzinha.
Mas nem em metáforas não ando pensando.
A realidade mata as metáforas, elas são perigosas, podem ter diversas interpretações e isso não é nem um pouco interessante. O que vale é algo direto, reto, inflexível e certo como um punhal.  
E “a Vida não para” e pede minha atenção máxima a todo momento. Às vezes tento ignorá-la, mas não adianta, vou ter que voltar a encará-la e a Vida é vingativa, mas Ela fui eu quem escolhi.
“Quem está na chuva está para se molhar” há quem goste desse ditado, eu prefiro: “quem está no fogo está pra se queimar!”, é mais impactante.

quarta-feira, 6 de março de 2013


Estou reclusa.
Esta é a minha vontade maior hoje.
A aparição não é lá minha melhor habilidade, anseio e fujo dela ao mesmo tempo, por falta de coragem ou de forças.
Mas hoje não é assim. Estou reclusa em meu ninho, ainda parental é verdade, mas vazio como está, é meu, só. E, no instante do agora, minha individualidade me basta e cria uma atmosfera ao meu redor, tão autossuficiente que é a capaz de destruir meteoros que queiram me atingir, tão autossuficiente que quero mais é que o resto do mundo se exploda em raios e trovões, porque tenho meu planeta EU.
Estou reclusa em volta de mim.

domingo, 10 de fevereiro de 2013


Em noites frias como essa nas quais a friagem vai além da temperatura, tudo o que desejo é um cobertor para acarinhar a pele, um chá quente para aquecer o coração e um sono profundo para acalmar a alma. 

E quando achava que me encontrava madura o suficiente e conseguindo provar isso, lágrimas brotam dos meus olhos frente a frustração para perturbar o meu equilíbrio.
O motivo não é válido, eu sei, mas não consigo evitar a pequena correnteza que se formou apesar dessas gotas salgadas não terem sentido algum além de descontrole.
E amargamente tenho que admitir que ainda não sei lidar com tudo o que me aparece.
E amargamente tenho que ouvir, até de mim, que ainda não é o suficiente.

domingo, 27 de janeiro de 2013


É tão estranho perceber você tão distante da minha vida, sendo que há tão pouco tempo cronológico atrás, mas que parece uma vida de distância no psicológico, nós éramos tão próximos.

Não foi de repente, foram nossas escolhas e nossos desejos que nos fizeram seguir caminhos separados, apesar de termos desejado, também, continuar unidos.Mas foi de repente que percebi esses anos luz de distância.

E dói pensar que já pode ser tarde demais, não pra voltar, porque nada tem volta, mas pra recomeçar. Porque foram tantas coisas que passamos separados que já não dá pra colocar em dia sem perder alguma parte importante.

E foram tantas mudanças que já nem sei se somos tão compatíveis quanto éramos na nossa antiga forma. E acho que já vamos ficar constrangidos em contar experiências, e nossas conversas já não terão tanta fluidez, e isso é o mais triste.

Mas apesar de tudo não quero encarar isso como um fim, uma pausa eu aceito. Um dia a gente se encontra por aí e quem sabe o que acontece...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


Caro 2013,

Devo dizer que se a primeira impressão é a que fica você me deu uma péssima nas suas primeiras horas. Eu não tinha nada contra você, só não te esperava com uma grande festa. Mas seu antecessor também, o 2012, foi um longo e bom ano, e era suposto ser o último! Eu havia me preparado para ser o último, podia ter sido, eram tantos sinais do fim dos tempos (mas fazendo um parêntese sem sentido, houve uma madrugada com tantos trovões no dia 27, acho, que, sinceramente, achei que os maias só não tinham acertado o dia).
E também tenho que fazer uma outra reclamação: essa sua péssima imagem apareceu apenas para mim! Pelas fotos no facebook você apareceu a todos sorridente e levemente embriagado. E não sei porque você quase que nem passou na minha casa! Me arrumei toda para lhe dar uma boa impressão e você nem champagne trouxe!
Espero, pelo bem da nossa relação que você mude sua atitude para com a minha pessoa! Sei que ainda é muito cedo para fazer exigências, mas não me decepcione!

Por um ano sua,
Alguém.